21/06/2011

Eretismo - Lucinda Prado

A alma se fez candente
Em inquietações desconcertantes
Impelindo pensamentos devassos
Contra um corpo arquejante.

Rapidamente no cérebro estanca
No afã de ideias insanas
Um feixe de luz alavanca
Loucos instintos, chispantes.

Corpo e alma na forja ardente
Rija a boca... contorce o dorso
Na suprema convulsão delirante
Esmaga a pele, range os dentes.

Do corpo emanam faíscas instigantes
Encontra raio, espasmos e gritos
Rotação lenta entre corpo e alma
Corpo e alma lentamente descansam.