23/12/2012

Deslumbramento - Lucinda Prado


Reconheço teu sorriso
Entre mil bocas,
Quentes!
Conheço teu toque
Entre mil mãos
Suaves, Ardentes!

Alcanço tua alma,
Limpa, cristalina,
Linda!
Versos fortes,
Intensos!
Voz melodiosa
Brados, Falsetes!

Beijos incertos,
Sedução!
Andar cadente,
Firmes!
Olhos dourados,
Assombrados, assustados.

Derramamento de desvelos,
Carícias e meiguices.
E ainda me pergunto;

Eros...
Ludus...
Storge... Paixão?

Da série - Divagando

20/12/2012

Desatinos - Lucinda Prado



07/12/2012

Morto aos 104, Oscar Niemeyer também passou pela moda

Em 2011, apareceu ao lado de Kate Moss em editorial fotografado por Mario Testino para a comemoração de 36 anos da Vogue BrasilO arquiteto Oscar Niemeyer faleceu na quarta-feira (05.12), a dez dias antes de completar 105 anos. Comunista, esteta e trabalhador incansável, Niemeyer representava uma utopia do Brasil modernista, de arquiteturas interessantes e boa de se ver. 

Assim como a Bossa Nova e Carmen Miranda, era um dos ícones prontos para quem precisava citar o Brasil em qualquer área de criação. Também por isso, suas influências pela moda não são poucas - ainda mais com a influência da arquitetura nas roupas, que ganhou peso nos últimos anos.

Das referências óbvias, favoritas de estudantes de moda (pouquíssimos prédios no mundo renderam tantos vestidos quanto as curvas da Catedral de Brasília), aos detalhes mais sutis, suas obras inspiram coleções no Brasil e em outras capitais da moda, entre jovens talentos e velhos mestres, e são cenário de apresentações e incursões. 

Não é de hoje essa influência toda, que não deve acabar tão cedo. Veja na galeria um pouco das últimas convergências entre a moda e Niemeyer, que até Kate Moss conheceu e que, com tanto amor pelas curvas, teria rendido um belo estilista.( Eduardo Viveiros | 05.12.2012 em Les Chics)



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Não lembro a primeira vez que ouvi falar ou vi uma obra do arquiteto. Mas não canso de elogiá-lo como gênio por sua arte: a arquitetura que nos legou Brasília, a capital federal inaugurada por Juscelino Kubitschek em que, a cada vez que passo por lá, não canso de me sentir dentro de uma imensa obra de arte a céu aberto, com os versos de Caetano e Djavan ecoando na cabeça, o “céu de Brasília/ traço do arquiteto”, certamente o céu mais bonito que já vi, coisa de deuses, – que pouco importa que digam que comunistas são ou devem ser ateus – Niemeyer e o que ele foi encontrar agora." (Zema Ribeiro)