Conversando com Clarice – Lucinda Prado
Clarice, você confessou ter escondido um amor,
Eu confesso ter perdido um amor por tê-lo escondido.
Já senti um amor escorrer por entre os dedos e não tive a
percepção de fecha-los, impedindo que ele se fosse. Depois lamentei a perda,
mas já era tarde para resgata-lo... Havia encontrado mãos que o acolheram...
Sem medo... Sem barreiras.
Já vivi amores que me deixaram muito, muito feliz.
Já vivi amores que me trouxeram dores agudas,
Já vivi Madrugadas de insônia e dores tão profundas
rasgando por dentro.
Já vivi amores que me fizeram tão inspirada, que belos
versos brotaram.
Já escrevi versos de amores, tão delicados, que lágrimas
de emoção borraram meus originais.
Já sonhei com amores eternos e já os vivi eterno em
momentos inesquecíveis.
Já chorei, gargalhei, tive orgasmos de luz mirando os
olhos do amado
Já tive um pouco de todos os amores.
Mas o que fazer Clarice! Eu também ainda não aprendi amar
pela metade.